quarta-feira, 2 de janeiro de 2013




sinopse
Revelação parte do romance de Dostoiévski Os Demónios, publicado em 1872. Um grupo de pessoas, numa pequena cidade, reúne-se discretamente com o objectivo de debater temas do novo ideário político que agita a Rússia. Fala-se de revolução. Alguns tornam-se radicais. O grupo está ligado pelo desejo comum de um novo modelo social e, também, pelas suas próprias relações sociais. Revelação é um espectáculo em torno de uma COMUNidade, sobre aquilo que é COMUM, e evoca o contexto cultural em que surgiu o COMUNismo.



fotos de Mariana Almeida

ficha técnica
direcção Jorge Andrade
a partir de Fiódor Dostoiévski, Sergey Nechayev e uma narrativa de Angela Railean
cenografia José Capela, com execução de Nuno Palmeiro
luz João d’Almeida
produção executiva Manuel Poças
com Anabela Almeida, Angela Railean, Bernardo Almeida, Cláudia Gaiolas, Jorge Andrade, Miguel Fragata e também onze elementos de diferentes comunidades locais
co-produção mala voadora e ArtemRede 
apresentações Cineteatro S. Pedro (Alcanena), Cineteatro S. Pedro (Abrantes), Cineteatro do Sobral de Monte Agraço, Cineteatro Joaquim d'Almeida (Montijo), São Luiz Teatro Municipal (Lisboa)


Fotos de Mariana Almeida

The Dismeasure of Art: An Interview with Paolo Virno

Os conceitos de “universal” e de “comum” são constantemente confundidos, apesar de, na verdade, serem opostos.

O “comum” não é aquilo que se encontra em ti, nele, e em mim, mas aquilo que ocorre, acontece, entre nós. O meu cérebro é comum mas é também, simultaneamente, particular porque não é como o teu ou o dele: apenas os seus aspetos universais o são. Os aspetos que se encontram igualmente presentes em todos nós são universais.

O “comum” refere-se àquilo que existe ou ocorre no território fronteiriço entre tu e eu, na relação entre tu, ele e eu, e, nesse sentido, existe um constante movimento entre o particular e o comum. O conceito marxista de “intelecto comum” é comum, tal como a língua inglesa é comum e não universal.

A linguagem pode servir de modelo para o comum que apenas existe dentro de uma comunidade e que não pode existir fora dessa comunidade. A nossa língua mãe, a língua que falamos, não existe fora da relação que cada um de nós tem, individualmente, com uma comunidade, enquanto a nossa visão bifocal existe em cada um de nós, independentemente da comunidade. Há coisas que apenas existem dentro de relações.

Foto de Mariana Almeida



A mala voadora é uma estrutura financiada pela Secretaria de Estado da Cultura / Direcção Geral das Artes, e é estrutura associada da Associação Zé dos Bois.

mala voadora is funded by the Secretaria de Estado da Cultura / Direcção Geral das Artes, and it is an associated structure of Associação Zé dos Bois.